RECEITA PARA ESQUECER UM GRANDE AMOR

05:44 Edit This 0 Comments »
Gente, esse texto é lindo. Preciso compartilhar com vocês. É de autoria de Marcelo Maroldi: http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=2013&titulo=Receita_para_se_esquecer_um_grande_amor

"Às vezes eu fecho os olhos, inspiro e procuro sentir a presença de quem já não está por perto. É um método que eu inventei tempos atrás..., e uso sempre quando o amor se transforma em saudade.
Os grandes amores existem. As grandes paixões existem. Eles existem. Eles simplesmente existem. Eu desejo que todo ser humano possa sentir o que eu um dia já senti. Somente uns poucos minutos daquele entorpecimento juvenil, daquela inundação de sentimentos que enlouquecem, daquela loucura toda que te envolve, te amedronta, aquela confusão monstruosa que vivi quando amei. E quando fui amado. Uma paixão avassaladora que me fez acreditar que eu ainda permanecia vivo. Vivo e amando. E amado. Mas, agora, eu fecho os olhos para dormir. A cama cresceu tanto de tamanho, o meu peito cada vez está menor. E muito mais vazio. Ninguém a me ninar. A minha mão não encontra a sua. Quem foi que viu a minha Dor chorando?! (Augusto dos Anjos, "Queixas Noturnas". Mas, no meu caso, diurnas também). Eu quero uma receita para se esquecer um grande amor, o senhor tem aqui para vender? O preço não me interessa, eu só quero poder seguir em frente. Nem precisa ser em frente..., basta seguir. Porque A minha vida sentou-se/ E não há quem a levante (Mário de Sá-Carneiro, "Serradura").
E o vazio logo aparece, não dá um minuto de folga (“meter a cara no trabalho” é algo que também não tem funcionado). O telefone não toca naquela hora, a minha caixa de e-mails não tem pena de mim, já não tem novidade boa a me contar. Uma sensação leve e prematura de derrota logo se apodera da gente. Depois ela cresce. Já não é mais sensação, é derrota mesmo. Eu não tenho mais para quem escrever os meus defeituosos poemas, a quem dedicar meus pensamentos, quem vai me acalmar quando a agonia aparece sem avisar? Eu me sinto tão sozinho. Por vezes eu nem me sinto. Meus olhos não vertem lágrimas, o meu coração não dispara. Será mesmo que estou vivo? Ainda nem maldisse toda a minha sina e mazela, nem afoguei minhas (agora) crônicas mágoas na cachaça libertadora, também não há outro perfume no meu corpo. Viver é amar, um dia me explicaram direitinho. Eu era inocente e acreditei. Só inocentes e tolos crédulos aprendem isso, eu tive o azar de ser um deles. Nem ouso reclamar.
Quando acordei foi em você que eu pensei. Provavelmente pensei em ti durante toda a noite também, mas dessa vez tive a sorte de não recordar. Não importa como minha vida esteja seguindo, é sempre em seu sorriso que meus pensamentos se convergem. Não há fuga nem plano B. Eu aprendi que não é te esquecendo que irei me livrar de você. Não importa quanto tempo transcorra, jamais me esquecerei daquela noite, aquela, quando estupefata você ouviu minha curtíssima e derradeira declaração de amor. Metade do tempo eu reflito sobre o que ela significou e o que ela irá se tornar em alguns parcos anos. Logo, meu coração será de outra, as suas coisas queimarei no quintal (afastando a cachorra para que não se queime) e essa frase eu voltarei a dizer. Mas não para ti, jamais para ti, nunca mais para ti... Você será apenas uma lembrança, feito tantas outras, e eu serei apenas uma lembrança para você... feito tantas outras. Já não me amas? Basta! Irei, triste, e exilado/ Do meu primeiro amor para outro amor, sozinho (Olavo Bilac, "Desterro").
Quem errou mais? Isso não importa agora, logo, posso ficar com toda culpa pelo nosso fracasso. Sempre sonhei com algo diferente, como nos contos de fadas e nos pagodes de três notas (e se me perguntam Que era mesmo que eu queria?/ ”Eu queria uma casinha/ Com varanda para o mar/ Onde brincasse a andorinha/ E onde chegasse o luar”, Vinicius de Moraes, "Sombra e Luz"). A realidade foi deveras distinta disso, só Deus é testemunha das minhas queixas. Mas, nesse momento, nada disso importa, nada do que doeu agora importa. Eu vou ficar aqui, sozinho, com minhas lembranças e nosso fracasso. Vou lembrar das partes boas, para me emocionar com a saudade. Não lembrarei de nenhuma briga, nem nada disso! Eu quero uma receita para esquecer dos momentos ruins, dos bons eu não preciso. Não preciso e não quero. Para que esquecer do que me orgulho? Do que me fez feliz? Deixa a saudade me machucar, meu anjo, uma hora ela se cansa. Eu não abro mão de recordar o quanto fomos felizes. Acabou, mas não sem muito amor. É o fim, mas não antes de muitas promessas de eterna felicidade. É isso o que vale, afinal. Eu busco isso a cada instante de minha vida.
Mas agora ele está lá e eu aqui. Ele está lá seguindo a vida dele, e eu estou aqui, seguindo a minha. Aqui eu te amo e em vão te oculta o horizonte (Neruda, "Aqui eu te amo"). Ela esta lá vivendo a vida dela como se nada tivesse acontecido. Acho, realmente não sei dizer (Teus olhos são duas silabas/ Que me custam soletrar./ Teus lábios são dous vocábulos/ Que não posso,/ Que não posso interpretar Fagundes Varela, "Canção Lógica"). Eu aqui, não triste, mas saudoso. Às vezes eu olho para os céus para descobrir se sinto algo de novo. Quem sabe um daqueles meus suspiros. Passo horas olhando as estrelas, sem entender por que elas brilham. Elas deveriam fazê-lo somente quando você fosse minha, não em qualquer situação. Mas você segue a sua vida, almoça feliz e se diverte enquanto procuro a receita para te esquecer. Sei que não irei sofrer, o que me castiga é a saudade. Não irei chorar, nem lamentar, tampouco desejar a morte. Irei apenas seguir em frente, sozinho agora, às vezes pensando: o que será que ela faz nesse momento?, agora que chove lá fora! O que será que ela faz? Será que pensa em mim? Será que sorri? Eu abro os braços para envolver a minha vida.
Lembra da música da Elis? Vou querer amar de novo e se não der eu não vou sofrer...? Preciso te dizer a verdade: se isso acontecer, eu vou sofrer sim, meu coração só existe para amar de novo, espero que você entenda. Eu sigo a minha vida por aqui, você continue a sua por aí. Se consegui a receita para se esquecer de um grande amor? Não, parece que isso não existe mesmo. A minha é seguir em frente, então, e quando não der, chorar, não há problema nenhum isso, quem aprende a amar, aprende a chorar também (Paulinho da Viola, "Amor Amor") . Eu aprendi, pratiquei contigo, jamais te esquecerei.
Cantemos a canção da vida,/ na própria luz consumida...
(Mario Quintana, "Inscrição para uma lareira")
"O ganhador", Lêdo Ivo (sempre ele!):
Tudo o que ganhei se desfez no ar como uma metáfora.
Agora só guardo o que perdi:
o vento que soprava na colina,
a neve que caía no aeroporto
e o teu púbis dourado, o teu púbis dourado."

O Senhor é meu pastor, nada me faltará

10:52 Edit This 0 Comments »
O Senhor é meu pastor, nada me faltará. 
Em verdes prados ele me faz repousar. 
Conduz-me junto às águas refrescantes,
restaura as forças de minha alma. 
Pelos caminhos retos ele me leva,
por amor do seu nome. 

Ainda que eu atravesse o vale escuro,
nada temerei, pois estais comigo. 
Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo.

Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos. 
Derramais o perfume sobre minha cabeça,
e transborda minha taça. 
A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me
por todos os dias de minha vida. 
E habitarei na casa do Senhor por longos dias.

08:15 Edit This 0 Comments »

Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?


Fernando Pessoa

Infância

14:19 Edit This 0 Comments »
Breaking Dawn (Amanhecer)
Citação de Abertura:
"A infância não vai do nascimento até certa idade,e a certa altura a criança está crescida, deixando de lado as coisas de criança.
A infância é o reino onde ninguém morre."
(Edna St.Vincent Millay)

O mito do shampoo sem sal

14:58 Edit This 0 Comments »
Sabe aquela história de falar uma verdade que não acrescenta nada? Como os óleos vegetais comestíveis, que anunciaram “sem colesterol” nas embalagens e venderam horrores? Nas letras miúdas está escrito: “como todo óleo vegetal, não possui colesterol”.
A história do shampoo sem sal foi mais ou menos assim. Alguém, em algum momento, teve uma idéia para promover os seus produtos e associou os cabelos grudados(como quando tomamos um banho de mar), com o sal marinho. Assim nasceu a primeira linha de shampoos sem sal.
A gente tem um certo preconceito contra os efeitos do sol e, quando a propaganda diz que o shampoo não contém sal, logo pensamos que aqueles que não dizem nada na embalagem possuem o terrível sal que estragará nosso cabelo. Mas saiba que isso não é verdade.
O raciocínio do marketeiro foi ótimo do ponto de vista comercial. Mas, tecnicamente, o raciocínio não é verdadeiro. A maioria das marcas que afirmam não usar sal em seus shampoos, na verdade, tem.
O sal tem o nome químico de cloreto de sódio, que é utilizado para dar consistência aos shampoos. O principal ingrediente destes produtos é o tensoativo - o lauril sulfato de sódio ou o lauril éter sulfato de sódio.
Na produção destes, acontece uma reação química, cujo produto secundário é o cloreto de sódio, ou seja, o tal sal. Por isso, mesmo que estes shampoos afirmem nas embalagens não possuir sal, eles são feitos com o tensoativo, cujo nome termina em de sódio. Ou seja, eles têm sal em seus produtos. E tem mais: as concentrações são muito baixas e não causam nenhum dano aos cabelos.
Há outro fator a se considerar: quando usamos um shampoo no banho, enxaguamos os cabelos, na sequência, com água doce, não é? Pois o sal é totalmente solúvel em água doce, logo, não vai sobrar nenhum sal no nosso cabelo.
Essa idéia de que o sal estraga o cabelo também é uma inverdade. Na praia, há outros fatores que interferem na beleza das nossas madeixas:
  • A areia atrita com os fios, lascando as cutículas, dando uma sensação áspera, de cabelo não macio.
  • O sol e, principalmente os raios UV, danificam as cutículas, deixando o cabelo com menos brilho, alterando a cor e a penteabilidade dos fios.
  • A água do mar pode conter vários poluentes que acabam grudando no nosso cabelo e empastelando-os.
  • Quando saímos do mar, a água salgada acaba secando e sobram os cristais de sal, que funcionam como grãos de areia. E o atrito destes com os fios de cabelo também lascam as cutículas.
Os cabeleireiros que trabalham com a escova progressiva acabaram comprando esta ideia errada do shampoo com sal, que não é uma verdade, pois o que causa o dano da escova progressiva é o componente químico que provoca abertura das escamas e quebra das ligações internas do cabelo, além da força manual mecânica e calor (escova + prancha) para alisar o fio. A nova estrututura interna do fio alisado é mais frágil, tornando os cabelos mais sucetiveis a quebra além de deixar a parte externa do fio mais ressecada.

Fonte:

Bem interessante esse artigo que encontrei por acaso no site da natura. beijos.

Bilhetes que não devem ser usados para terminar um namoro

15:25 Posted In Edit This 0 Comments »
Gente recebi essa mensagem super interessante hoje. São uns bilhetes (bem desgradáveis) para terminar namoro.
Como o dia dos namorados foi ontem e já tem muita gente querendo terminar o namoro porque só queria ganhar presente, está aí uma sugestão (tô brincanco gente, não usem esses bilhetes, por favor).
Espero que tenham se divertido!!!! Há, reparem que é de um site: www.nãosalvo.com.br. O site é meio blasfêmico , mas como não gosto de violar direitos autorais resolvi citar. Abraços a todos.