O mito do shampoo sem sal

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Sabe aquela história de falar uma verdade que não acrescenta nada? Como os óleos vegetais comestíveis, que anunciaram “sem colesterol” nas embalagens e venderam horrores? Nas letras miúdas está escrito: “como todo óleo vegetal, não possui colesterol”.
A história do shampoo sem sal foi mais ou menos assim. Alguém, em algum momento, teve uma idéia para promover os seus produtos e associou os cabelos grudados(como quando tomamos um banho de mar), com o sal marinho. Assim nasceu a primeira linha de shampoos sem sal.
A gente tem um certo preconceito contra os efeitos do sol e, quando a propaganda diz que o shampoo não contém sal, logo pensamos que aqueles que não dizem nada na embalagem possuem o terrível sal que estragará nosso cabelo. Mas saiba que isso não é verdade.
O raciocínio do marketeiro foi ótimo do ponto de vista comercial. Mas, tecnicamente, o raciocínio não é verdadeiro. A maioria das marcas que afirmam não usar sal em seus shampoos, na verdade, tem.
O sal tem o nome químico de cloreto de sódio, que é utilizado para dar consistência aos shampoos. O principal ingrediente destes produtos é o tensoativo - o lauril sulfato de sódio ou o lauril éter sulfato de sódio.
Na produção destes, acontece uma reação química, cujo produto secundário é o cloreto de sódio, ou seja, o tal sal. Por isso, mesmo que estes shampoos afirmem nas embalagens não possuir sal, eles são feitos com o tensoativo, cujo nome termina em de sódio. Ou seja, eles têm sal em seus produtos. E tem mais: as concentrações são muito baixas e não causam nenhum dano aos cabelos.
Há outro fator a se considerar: quando usamos um shampoo no banho, enxaguamos os cabelos, na sequência, com água doce, não é? Pois o sal é totalmente solúvel em água doce, logo, não vai sobrar nenhum sal no nosso cabelo.
Essa idéia de que o sal estraga o cabelo também é uma inverdade. Na praia, há outros fatores que interferem na beleza das nossas madeixas:
  • A areia atrita com os fios, lascando as cutículas, dando uma sensação áspera, de cabelo não macio.
  • O sol e, principalmente os raios UV, danificam as cutículas, deixando o cabelo com menos brilho, alterando a cor e a penteabilidade dos fios.
  • A água do mar pode conter vários poluentes que acabam grudando no nosso cabelo e empastelando-os.
  • Quando saímos do mar, a água salgada acaba secando e sobram os cristais de sal, que funcionam como grãos de areia. E o atrito destes com os fios de cabelo também lascam as cutículas.
Os cabeleireiros que trabalham com a escova progressiva acabaram comprando esta ideia errada do shampoo com sal, que não é uma verdade, pois o que causa o dano da escova progressiva é o componente químico que provoca abertura das escamas e quebra das ligações internas do cabelo, além da força manual mecânica e calor (escova + prancha) para alisar o fio. A nova estrututura interna do fio alisado é mais frágil, tornando os cabelos mais sucetiveis a quebra além de deixar a parte externa do fio mais ressecada.

Fonte:

Bem interessante esse artigo que encontrei por acaso no site da natura. beijos.

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